ePrivacy and GPDR Cookie Consent management by TermsFeed Privacy Policy and Consent Generator · Dra. Rosi Balbinotto · Tratamento de Prolapsos Vaginais ·

PATOLOGIAS Prolapsos Vaginais

Cistocele

Cistocele é o prolapso causado pela descida da bexiga via vaginal, decorrente de alterações das estruturas da sustentação do assoalho pélvico.

Muitas vezes, a paciente chega à consulta ginecológica com queixa de desconforto em baixo ventre e “bola” saindo pela vagina.

Muitas das pacientes não têm sintomas do prolapso, são assintomáticas, e não tem outras patologias associadas, ou sintomas de perda de urina (incontinência urinária), sendo muito discutível a necessidade de tratamento cirúrgico.

Mas às vezes é o primeiro sintoma de outros prolapsos vaginais, tipo uretra, reto e enterocele e o ápice da vagina. 

Esta patologia é multifatorial:

  • Envelhecimento;
  • Aumento do peso corporal (obesidade);
  • Constipação;
  • Levantamento de peso;
  • Alterações hormonais e atrofia da mucosa vaginal;
  • Prolapso de outros órgãos pélvicos.
Tratamento

E o tratamento da Cistocele é cirúrgico quando sintomático:

  • Perineorrafia anterior (colpoperineorrafia anterior), que consiste em corrigir a fáscia vaginal anterior, levantando e aproximando esta estrutura, corrigindo abaulamentos ou “bolas na vagina” e assim aumentando a sustentação da parede da bexiga.
  • Pode ser associada a outra cirurgia de prolapso vaginal no mesmo momento cirúrgico, como Implante de Sling em uretrocele, perineorrafia posterior e correção de enterocele.

Enterocele

É um prolapso da parede vaginal, mas inclui a descida de alça intestinal em saco herniário.

Este prolapso funciona como uma hérnia dentro da vagina, mas no fundo dela, ocorrendo descida da mucosa vaginal e alça intestinal por área enfraquecida da fáscia vaginal.

O principal sintoma da paciente é desconforto vaginal, em baixo ventre e as vezes saída de “bola” pela vagina.

Fatores de risco associado: obesidade, número de gestações, cirurgias vaginais prévias.

Tratamento

A cirurgia de Reparo da Enterocele é indicada quando a paciente é sintomática.

A Correção de Enterocele pode ser realizada via vaginal ou via abdominal.

A cirurgia da Enterocele é realizada no hospital, com 1 dia de internação.

Via vaginal ou via abdominal (videolaparoscopia ou laparotômica) consiste em identificar a Enterocele, dissecando as mucosas, tecidos, faciais e hérnias (saco peritoneal), separando do intestino herniado.

Pode ser associada com outras cirurgias perineais de prolapso: cistocele, retocele, uretrocele e bem como de incontinência urinária se existir.

Recuperação é em torno de 30 dias, igual as cirurgias perineais: não podendo fazer força, relações sexuais, agachamento e banhos de imersão.

Prolapso da Cúpula Vaginal

O prolapso da cúpula vaginal é o prolapso do ápice (fundo) da vagina, muitas vezes associado a outros prolapsos vaginais (uretrocele, cistocele, retocele, enterocele).

Ocorre quando a integridade do suporte dos ligamentos uterossacros e cardinais é insuficiente para sustentar o ápice (fundo) da vagina em posição anatômica (diafragma pélvico).

Quando a vagina apresenta suporte integro, a bexiga, uretra, colo/útero e reto são mantidos na posição anatômica normal.

Quem tem risco de desenvolver o prolapso de cúpula vaginal?

É importante destacar que é causada por múltiplos fatores, como:

  • Pacientes que possuem algum grau de relaxamento dos órgãos pélvicos muitas vezes após histerectomias (vaginais ou abdominais);
  • Idade avançada;
  • Número de gestações;
  • Deficiência estrogênica;
  • Constipação;
  • História familiar;
  • Tabagismo;
  • Obesidade;
  • Perda muscular do assoalho pélvico;
  • Lesões decorrentes do parto (lesão do nervo pudendo e outros).

O suporte harmonioso na posição parada e em movimento dos órgãos pélvicos resulta da interação entre os músculos e o tecido conjuntivo (ligamentos e fáscias).

Tratamento Conservador
  • Melhora do trofismo vaginal;
  • Necessário muitas vezes a perda de peso;
  • O Pessário representa uma alternativa ao tratamento cirúrgico, uso temporário ou permanente antes do procedimento cirúrgico, corrige o prolapso por pressão dos órgãos e paredes vaginas. Pode ser indicado antes da cirurgia para diminuir o inchaço (edema) das paredes vaginais, para atletas com incontinência urinária.
Tratamento Cirúrgico

O prolapso de cúpula vaginal requer um tratamento, a maioria das vezes cirúrgico, havendo várias técnicas, todas com idêntica indicação: via vaginal, laparoscópica, abdominal e por robótica, com índices de recidiva similares.

A melhor técnica cirúrgica vai depender se a paciente é obesa, cirurgias anteriores vaginais ou abdominais, recidiva de outra técnica, presença de útero, presença de outros prolapsos vaginais, vida sexual e idade.

A técnica cirúrgica e a via de acesso irão depender de cada caso, considerando riscos e benefícios.

No assoalho pélvico será corrigido os defeitos, mas quando fáscias, ligamentos e musculatura já estão lesionados, manter os cuidados para minimizar os riscos de recidiva é muito importante.

Tipos

  • Reconstrutivos (mantém a função vaginal)
    • Via Vaginal

      Visa suspender a cúpula vaginal/colo/útero em com fixação no ligamento sacroespinhal e músculo (coccígeo).

      Correção simultânea de outros defeitos do assoalho pélvico (prolapsos vaginais), bem como se tiver uretrocele com incontinência urinária de esforço.

    • Via Abdominal

      Videolaparoscópico / Laparotomia
      Interposição de uma tela sintética entre a cúpula vagina/vagina/colo e o promontório do sacro, ou ligamento redondo, fixando-a.

      Via Robótica
      Com o auxílio de tecnologia avançada, com o auxílio de equipe multidisciplinares, é indicada para casos mais complexos: obesidade, múltiplas cirurgias prévias, outras cirurgias abdominais em conjunto, envolvendo patologias urinárias e intestinais.

      Realiza-se a colocação de tela sintética em cúpula vaginal/vagina/colo e promontório.

  • Obliterativos

    São considerados em última escolha, pela perda da função vaginal.

    Cirurgia vaginal, com fechamento total da vagina.

    Para pacientes de muito risco cirúrgico e com recidivas.

    Técnicas descritas: Colpocleise (LeFort), Colpectomia associada.

Retocele

É a patologia em que o reto (final do intestino) está prolapsado pela vagina.

Existe uma protusão da parede posterior da vagina, muito visível, via vaginal.

A paciente chega à consulta com queixa de pressão vaginal, dificuldade de evacuar (sair as fezes), ou até “sente uma bola” saindo pela vagina. 

Algumas vezes o exame físico inadequado faz com que o diagnóstico se confunda com cistocele.

Esta patologia é multifatorial:

  • O envelhecimento
  • Aumento do peso corporal (obesidade);
  • Constipação;
  • Levantamento de peso;
  • Alterações hormonais e atrofia da mucosa vaginal ;
  • Prolapso de outros órgãos pélvicos;
  • Perda muscular do assoalho pélvico;
  • Cirurgias anteriores (partos, lacerações e outras).
Tratamento
  • Perineorrafia posterior (Colpoperineorrafia posterior) vaginal com correção da fáscia e musculatura perineal posterior;
  • Correção de outros prolapsos vaginais, quando associado.

Uretrocele
Incontinência Urinária de Esforço

Uretrocele é a presença da mobilidade do canal da urina (uretra é o canal onde passa a urina), muda de posição, ocasionando a perda de urina (incontinência urinária de esforço).

É devido a vários fatores: aumento do peso, perda do colágeno, número de gestações, prolapsos de outros órgãos pélvicos.

Quais os tratamentos?
  • Tratamento Conservador

    Pode ser através de fisioterapia motora do assoalho pélvico, melhora do trofismo (atrofia genital), mudanças de hábitos pessoais, perda de peso etc.

  • Laser Íntimo

    O laser atualmente é indicado para o tratamento da incontinência urinária de grau leve devido a sua tecnologia de eficácia e segurança.

    Esse tipo de laser é específico para região genital (mucosas molhadas). As vantagens desse tratamento são:

    • Ambulatorial ;
    • Anestesia local, indolor;
    • 3 sessões de 10-15 minutos com uso de ponteiras específicas ;
    • Intervalo em torno de 30-60dias entre cada sessão;
    • Manutenção: 1 sessão por ano;
    • Sem efeitos colaterais;
    • 5 dias sem relações sexuais;
    • Contraindicação em gestantes, infecção vaginal, herpes ativo;
    • doença do colágeno e baixa imunidade
  • Tratamento Cirúrgico

    Na falha do tratamento conservador, indica-se o Tratamento cirúrgico com o Implante de Sling na uretra, proporcionando a melhora da incontinência urinária em 70 a 90% das pacientes.

    A cirurgia da uretrocele consiste na correção do canal da urina (uretra), com a colocação de uma tela (implante), que sustenta o canal, sem tensão, estimulando a formação de colágeno-tecido fibroso, com o objetivo de aumentar a resistência uretral e reduzindo a perda de urina.

    É uma cirurgia minimamente invasiva, com menor sangramento, menor lesão de tecido e menor dor.

    Pós-operatório

    • 1 dia de internação após a cirurgia;
    • Sondagem vesical é mantida por um período de 6-12 horas após;
    • Saída do leito após a recuperação anestésica é estimulada precocemente;
    • Dieta livre após a recuperação anestésica;
    • Alta acontece após a diurese espontânea e sem retenção urinária;
    • Proibida relações sexuais e atividades físicas até a perfeita cicatrização da ferida.

Agendamento de Consultas

Para agendamento de consulta ligue
ou envie uma mensagem por WhatsApp.
Nosso atendimento é personalizado e estamos a sua disposição.

(51) 4063 8807 (51) 99118 6100

Sobre a Dra. Rosi Balbinotto

Sou especialista, membro e certificada na atuação em endoscopia ginecológica pela FEBRASGO, membro e certificada em cirurgia videolaparoscópica pela SOBRACIL, especialização pela sociedade brasileira do trato genital inferior e colposcopia, membro da SOGIRGS e Mestrado em Cirurgia pela UFRGS.

A vontade de fazer Medicina foi por uma busca de conhecimento, por ser uma pessoa sempre à procura de porquês. Tudo tinha uma razão de ser, e às vezes mais de uma, a vida não é feita de uma única explicação. Perdi minha mãe quando eu tinha 5 anos, e estes porquês começaram tão cedo em mim, que já não me lembro mais. Desde criança queria ser alguém que pudesse ajudar os outros. Ao ajudar, ensinando o que aprendi, aprendendo o que me ensinaram de volta, um ciclo. Todo o ano eu avalio novas expectativas e novos planos.

Com 12 anos, minha bisavó Concilia veio morar com a gente, para fazer companhia para minhas irmãs e eu. Ela sempre me contava histórias da sua vida quando adulta no interior de Camaquã, que era parteira e anotava os nomes das gestantes e dos bebês que atendia em um caderninho, e me enchia de curiosidade sobre a vida. Ela foi uma mulher muito forte.