É a presença de glândulas e estroma endometrial na musculatura uterina (dentro da parede do útero).
A frequência de adenomiose na população varia muito na literatura, entre 5 e 70%, e é maior quanto mais meticulosa for sua pesquisa, podendo se manifestar antes dos 20 anos.
Está associada a mais de 80% das pacientes com endometriose.
Pode ser focal, superficial ou difusa.
Os sintomas mais frequentes são:
- Sangramento uterino aumentado menstrual (menorragia);
- Cólica menstrual severa (dismenorreia);
- Hemorragia vaginal (metrorragia);
- Dor na relação sexual (dispareunia);
- Infertilidade.
Diagnóstico
O objetivo do diagnóstico é a classificação e mapeamento da doença. Assim, podemos planejar o melhor tratamento possível para cada caso: se medicamentoso ou cirúrgico.
Exames
- Ultrassonografia pélvica, às vezes associada a Dopplerfluxometria;
- Ressonância magnética pélvica.
Tratamento Clínico
- Medicamentos anticoncepcionais combinados, progestogênios e anti-inflamatórios;
- Inserção de DIU Hormonal (Mirena).
Tratamento Cirúrgico
- Histeroscopia Cirúrgica / Ablação Endometrial:
Retirada intrauterina de área focal, com anestesia, ambulatorial e por via vaginal; - Adenomiose focal/ localizada com Laparoscopia ou Laparotomia:
Ressecção da área, sutura (aproximação com pontos da parede uterina), com anestesia, 1 dia de internação, via abdominal; - Histerectomia Laparoscópica, Laparotômica ou Vaginal:
Retirada do útero se tratamento clínico ou focal não obtiver resultado.
Prevenção
Não há consenso ainda na literatura científica.
Considerando que é uma infiltração inflamatória do endométrio no músculo da parede do útero, é importante o bloqueio hormonal, bloqueio da ovulação, bem como o fluxo menstrual, proporcionando uma diminuição da dor e sangramento.
Ainda seguem os estudos sobre em estudo.